Areia Branca, no Rio Grande do Norte, e Tamandaré, em Pernambuco, foram as primeiras localidades do Nordeste a abrigar ações do Projeto Golfinho Rotador fora de Fernando de Noronha. No mês de abril, a organização não-governamental promoveu nas duas cidades capacitação e palestras para professores, líderes comunitários, pescadores e ativistas ambientais.
A iniciativa faz parte do processo de ampliação da área de atuação do Projeto, prevista para os anos de 2019 e 2020.
Na quinta (25), pela manhã, ocorreu a Capacitação em Educação Ambiental Marinha para Educadores em Areia Branca. O presidente do Centro Golfinho Rotador, entidade executora do projeto, realizou a atividade. Flavio Lima, professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), destaca a parceria com o Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental-CEMAM e do Projeto Cetáceos da Costa Branca na capacitação.
Em Pernambuco, a coordenadora de Educação Ambiental e Sustentabilidade do Projeto Golfinho Rotador, Cynthia Gerling, realizou palestra, com o apoio de duas instituições: o Projeto Meros do Brasil e o Instituto Recifes Costeiros, no Forte de Tamandaré.
As próximas localidades onde haverá a atuação do Projeto Golfinho Rotador serão Ipojuca, em Pernambuco, e Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte. Nesses locais, assim como em Noronha, as praias são atrativos turísticos. Para o Projeto Golfinho Rotador, ao mesmo tempo em que o impacto ambiental negativo do turismo é evidente, a atividade é um forte agente sensibilizador das questões ambientais e principal setor da economia locas.
A ampliação da área de atuação também abrange o estudo das interações dos golfinhos com a pesca em Areia Branca e Tibau do Sul (na Praia de Pipa), Ipojuca (Praia de Porto de Galinhas) e Tamandaré. Serão realizadas a análise de dados já disponíveis sobre a mortandade de golfinhos – mamíferos aquáticos de respiração pulmonar – em encalhes e redes de pesca, além de entrevistas com pescadores.
“Nas entrevistas podemos avaliar a percepção dos pescadores quanto à interação da pesca com os golfinhos, adotando-se uma amostra aleatória de 100 pescadores, sendo 25 de cada uma das quatro localidades trabalhadas”, adianta o coordenador geral do Projeto Golfinho Rotador, José Martins.
A ampliação da área de atuação do Projeto é possível graças ao patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal. A ONG Centro Golfinho Rotador é responsável pela execução do projeto, que tem coordenação do ICMBio Noronha.