Realizado anualmente pelo Projeto Golfinho Rotador (PGR), que tem o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, as Férias Ecológicas chegam à sua 35ª edição, levando entretenimento e informação aos estudantes de Fernando de Noronha. Este ano, o programa começou no dia 2 de janeiro e vai até dia 27, tendo, ainda, uma festa de encerramento no último sábado do mês (dia 28), no Forte dos Remédios, em parceria com a Administração de Fernando de Noronha e o Mãe Coruja, e contará com o apoio do Forte Noronha. Desde 1989 as Férias Ecológicas oferecerem opção de lazer e ampliar a percepção sobre a conservação ambiental dos jovens moradores no período do recesso escolar, virando uma tradição na ilha.
Além disso, o programa possui grande alcance social, pois cria oportunidades de diversão e aprendizado para crianças e adolescentes e impede que estes estejam entregues ao ócio durante as férias, quando o turismo atinge seu ápice e a grande quantidade de visitantes em Noronha implica na entrada de diversas realidades e mentalidades para o convívio com a comunidade. É, também, durante as férias escolares que os pais ficam mais atarefados em atividades de atendimento aos turistas, e, consequentemente, menos presentes dentro da estrutura familiar, uma vez que o turismo representa a principal atividade socioeconômica da ilha.
Para este ano, o tema escolhido para o evento foi “Oceane-se com os bichos de Noronha”. Durante atividades educativas e recreativas, alguns animais que habitam o arquipélago – como golfinhos, tartarugas e tubarões – são apresentados aos estudantes, que aprendem sobre os hábitos das espécies e as ameaças que elas sofrem. “Assim, proporcionamos conhecimento de uma forma leve e divertida, além de sensibilizar as crianças e jovens da importância de preservarmos o meio ambiente”, diz Cynthia Gerling, coordenadora de Comunicação e Educação Ambiental do PGR.
Ana Carolina Moretto Ribeiro (26 anos), educomunicadora e pesquisadora do Projeto Golfinho Rotador, destaca, ainda, que as atividades do programa são realizadas ao ar livre, no Parque Nacional Marinho e na Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha, envolvendo vivências de cultura e experiências oceânicas, arte e conhecimento teórico e prático, sempre abordando os animais de Noronha. “Nas três primeiras semanas de janeiro, tivemos a participação de quase 70 crianças, de 5 a 10 anos”, observa Ana Carolina. Para a última semana do mês, ela espera ter a presença de mais de 20 crianças, na faixa etária de 11 a 13 anos.
Jovens Monitores
Além das crianças, também participam das Férias Ecológicas jovens e adolescentes a partir de 14 anos, que se inscrevem para atuar como monitores. Neste ano, doze alunos nessa faixa etária estão colaborando com as atividades, sempre sob a orientação da equipe de educadores ambientais do PGR. Segundo Melyna Lyra Pedroso (27 anos), educomunicadora e pesquisadora do Projeto Golfinho Rotador, o impacto positivo das Férias Ecológicas pode ser percebido nos relatos de alguns moradores da ilha. É o caso do empresário noronhense Júlio César da Costa (35 anos), pai da participante Olivia da Costa de 6 anos, que relatou “Lembro de quando eu era garoto e contava os dias para a chegada das Férias Ecológicas. Hoje, acho ótimo ver minha filha participando de algo tão importante para a nossa comunidade”. Já Carolline Gomes de Lima, de 15 anos, fala da satisfação de ser monitora do programa este ano. “Eu participei várias vezes quando era pequena e sempre quis ser monitora. Agora, estou realizando o sonho de ensinar um pouco do que aprendi”.
Entre as atividades disponibilizadas para as crianças, o caderno de colorir produzido pela equipe do PGR tem conquistado o interesse dos estudantes. Intitulado “Oceane-se com os bichos de Noronha”, o livro tem 32 páginas e desenhos de várias espécies de peixes, aves, répteis e mamíferos que vivem na ilha. O caderno está disponível para download no site do Projeto Golfinho Rotador: https://golfinhorotador.org.br/publicacoes/caderno-para-colorir/. “É um material lúdico, com informações sobre cada animal. Assim, as crianças aprendem e exercitam a criatividade ao mesmo tempo”, destaca Melyna.