Parabéns a todas as mulheres que são MÃES de alguma forma!
Ser mãe não é tarefa fácil, a começar pela escolha do parceiro, pelos meses de gestação, parto, período de amamentação e os cuidados e laços que se formam à medida que os filhotes vão crescendo. Mas, essa tarefa quase que divina é recompensada pelo dom da criação, doação e do amor incondicional.
Para as Mães golfinho-rotador, não é diferente.
Os golfinhos de Noronha compõem uma sociedade matriarcal, na qual inexiste a figura paterna, os laços familiares são derivações da relação mãe-filh@ e entre irmãos. Segundo esses laços, os golfinhos agrupam-se em unidades familiares, que são lideradas pela matriarca. A célula familiar é composta pelas descendentes fêmeas da matriarca e pelos descendentes machos imaturos. As fêmeas permanecem nesta célula o resto de sua vida ou até a célula se separar por ser muito grande. Os machos, quando ficam adultos, saem da célula familiar e compõem os grupos flutuantes.
As fêmeas dos rotadores têm um período de gestação de 10,5 meses e amamentação até 12 meses. Na amamentação, os filhotes se posicionam ao lado de sua mãe e esfregam ou dão pequenas batidas com a ponta do rostro na fenda mamária da fêmea, de onde o leite é expelido. A amamentação é o comportamento mais difícil de ser observado e registrado pelos pesquisadores do Projeto Golfinho Rotador, devido à interrupção desse ato ou à fuga da mãe e do filhote com a aproximação do pesquisador. Essa dificuldade em se aproximar de mães amamentando deixa bem claro que esse é o comportamento mais íntimo observado entre os rotadores em Fernando de Noronha e evidencia a necessidade de uma área exclusiva para esses animais, longe da presença humana.
Com relação aos cuidados, as mamães golfinhos apresentam uma forte relação com seu filhote, configurando-se em um elevado investimento parental por parte da fêmea, possivelmente para compensar a baixa taxa de natalidade.
Durante observações, em mergulho, de pares fêmea-filhote, a mãe golfinho sempre nada próximo do filhote e, na maioria das vezes, entre ele e o pesquisador. Quanto ao posicionamento dos filhotes e dos recém-nascidos em relação à fêmea que os acompanhava, a preferência era por posições que ofereciam maior proteção ao filhote, como ao lado, atrás e abaixo, sendo que os recém-nascidos buscavam mais estas posições “escondidas” do que os filhotes.
Em alguns casos, nota-se que o filhote demonstra uma curiosidade maior pelo pesquisador, cercando-o mais de perto, a mãe afasta o filhote do pesquisador com vocalização muito alta e especifica, com um chamado denominado por nós de “vem cá meu filho” ou com toques e empurrões com o corpo.
Os cuidados das fêmeas incluem também toque com suas nadadeiras nos filhotes, preferencialmente no dorso e nas nadadeiras. Sons suaves emitidos pelas fêmeas em direção aos filhotes, especialmente quando estes se aparentavam angustiados ou quando retornavam das suas brincadeiras.
todas as mães do mundo merecem parabéns todos os diaas