No dia 4 de novembro, um grupo de 44 alunos e 4 professores da Escola de Referência em Ensino Fundamental e Médio (EREFM) Arquipélago Fernando de Noronha participaram de uma atividade diferente e animada. Coordenada pelo Projeto Golfinho Rotador (PGR), que tem patrocínio da Petrobras, a programação levou o grupo para conhecer o único mangue oceânico do Atlântico Sul, localizado na Baía do Sueste, em Fernando de Noronha. O programa foi conduzido pela bióloga Mylene Lyra, que é educadora ambiental da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Bertioga, em São Paulo. “Foi muito especial poder compartilhar informações com os alunos e os professores sobre esse ecossistema tão importante, falar da água, da lama, do solo”, disse Mylene. “Destacamos a importância do mangue branco, que é o que temos em Noronha”.
Essa aula ao ar livre atendeu a um pedido da professora Hosana Pereira, que dividiu a ideia com a coordenação do PGR. “Foi uma aula prática sobre o manguezal, de extrema importância para os alunos. A atividade falou de conceitos biológicos muito importantes e aproximou os estudantes desse ecossistema, que muitos nem sabiam que existiam em Noronha”, destacou Hosana. Segundo a professora, os jovens conseguiram entender as principais características do mangue e sua importância para o equilíbrio ambiental dos demais ecossistemas. “Todos os alunos adoraram a programação”.
Para explicar sobre os três tipos de mangues que existem – branco, vermelho e preto -, foram utilizados aventais lúdicos que representavam esses três ambientes. A ideia agradou aos jovens. “Achei tudo muito interessante. É sempre importante recebermos mais conhecimento sobre um ecossistema da nossa ilha. O avental foi muito bacana, por ser uma forma lúdica de ensinar, o que facilita o aprendizado”, disse o estudante Moacir Duarte, 17 anos. A aluna Amanda Nogueira, 18, também aprovou a atividade. “Eu não conhecia muito sobre os três tipos de mangues. Eu pensava que todos os mangues eram iguais. Foi ótimo ter esse novo aprendizado”.
PRESERVAÇÃO
Entre as informações passadas aos estudantes, estavam o fato de o mangue possuir água salobra – uma mistura de água doce com salgada -, solo composto por argila e matéria orgânica e a flora e fauna típicas desse ecossistema, com três espécies de árvores e diferentes animais, todos muito bem adaptados para sobreviverem nas condições que o manguezal oferece. A aula foi finalizada com uma explicação sobre os impactos negativos da ação humana e a importância de se preservar os três tipos de mangues, dada pela coordenadora de Educação Ambiental e de Comunicação do PGR, Cynthia Gerling. “É fundamental passarmos aos alunos a importância de cuidarmos dos nossos manguezais, evitando agressões causadas pelo homem. Para isso, é muito importante que eles conheçam o ecossistema e suas características”, declarou Cynthia.