De 11 a 15 de setembro de 2022, ocorreu na Praia do Forte o III Congresso da Sociedade Latino Americana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos, maior evento científico sobre Mamíferos Aquáticos da América Latina.
O Projeto Golfinho Rotador, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, além de ser uma das instituições organizadoras e ter o Presidente do Centro Golfinho Rotador, Flávio Lima, como um dos Presidentes do evento, participou por meio de seus pesquisadores de dois cursos, ministraram palestra em uma mesa redonda e apresentaram 11 trabalhos científicos.
A equipe de pesquisadores do Projeto Golfinho Rotador presente no evento incluiu Adriana Pereira, Amanda Silva, Cláudio Silva, Flávia Weysfield, Lume Souza e Priscila Medeiros, que participaram dos seguintes cursos “Uso e aplicação de VANT’s (drones) na pesquisa de mamíferos marinhos na América Latina” e “Marine mammal bycatch monitoring and mitigation in Latin America: What are we doing and what can we do?”.
A pesquisadora Amanda, ministrou a palestra “Interações de golfinhos-rotadores Stenella longirostris com o turismo náutico no Arquipélago de Fernando de Noronha/PE, Brasil” na mesa redonda “Crescimento do turismo de observação de mamíferos aquáticos na América Latina: lições aprendidas e mudanças a serem feitas”.
A equipe do Projeto Golfinho Rotador apresentou os onze trabalhos, alguns de forma oral e outros no formato de pôster.
O trabalho sobre Educomunicação Ambiental realçou o protagonismo de alunos que estão ou já participaram dos programas do PGR em fóruns de discussão do desenvolvimento sustentável, como Conselhos do ICMBio e de Turismo de FN.
Ao descrever o poder de impacto socioambiental do Projeto Golfinho Rotador, revelamos que a Análise Custo-Benefício para investimentos socioambientais do projeto indica que, para cada R$ 1,00 investido, são gerados R$ 8,36 em benefícios para a sociedade e o ecossistema.
Outra análise apresentada foi a não percepção de diferença na ocupação da Baía dos Golfinhos por golfinhos-rotadores entre os anos antes e depois da Pandemia.
Outros dois trabalhos relataram a ocorrência de baleias-piloto ao longo dos anos e de um golfinho-nariz-de-garrafa solitário em Fernando de Noronha.
O trabalho sobre a iteração do turismo com os golfinhos em Noronha, descreve o processo de ordenamento da navegação das CH através do curso Turismo de Observação de Cetáceos, realizado pelo Centro Golfinho Rotador, em parceria com Marinha do Brasil, Administração de Fernando de Noronha e ICMBio Noronha.
Outro trabalho relatou o cumprimento por parte dos operadores de turismo da norma do ICMBio Noronha que exige rota contínua com remada constante das canoas havaianas em frente a enseada da Biboca em Fernando de Noronha, que reduz o tempo de interação com os rotadores.
Os três trabalhos de genética, ao apresentarem os resultados iniciais da diversidade genética de golfinhos-rotadores, concluem que existem pelo menos duas populações e três linhagens de golfinhos-rotadores no Oceano Atlântico Sul, sendo uma exclusiva de Fernando de Noronha.