O objetivo do movimento Outubro Rosa é promover a prevenção do câncer de mama. A cor rosa é utilizada em laços, roupas e até refletida em pontos turísticos, como por exemplo, o Cristo Redentor (RJ), para sensibilizar a população na participação da campanha. Para lembrar a iniciativa, o Projeto Golfinho Rotador resolveu apresentar um amigo que leva o “rosa” em seu nome: o carismático boto-cor-de-rosa!
Também conhecido como boto da Amazônia, boto-vermelho ou simplesmente boto, o boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) é o maior dos golfinhos de rio, com machos atingindo 2,55 m de comprimento e 185 kg de peso; as fêmeas crescem até cerca de 2,15 m e pesam aproximadamente 150 kg.
A palavra Inia resulta do nome comumente utilizado para o boto pelos índios Guarayos, da Bolívia. Já o nome da espécie geoffrensis é em homenagem ao naturalista francês Erienne Geoffroy Saint-Hilaire, quem, sob a ordem de Napoleão Bonaparte, levou para Paris grande parte da coleção zoológica do Museu da Ajuda (Portugal). Na coleção constava o primeiro exemplar do boto da Amazônia, que havia sido coletado pelo naturalista português, Alexandre Rodrigues Ferreira, em 1790, em algum lugar do rio Negro.
O boto está amplamente distribuído pelo norte da América do Sul, ocorrendo praticamente em todos os lugares que possa alcançar, mas não se aventura em águas marinhas. Encontra-se em seis países da América do Sul – Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela – em uma área total de aproximadamente 5 milhões de km². Ele é o mais comum dos golfinhos de rio.
A cor do corpo do boto varia com a idade. Os filhotes são da cor cinza escuro, essa pigmentação diminui em intensidade durante a adolescência para cinza mais claro. Juvenis e subadultos são cinza médio uniforme e rosados. Botos mais velhos são totalmente cor de rosa ou cinza manchados de rosa. Os machos são mais rosas que as fêmeas.
Como os demais golfinhos do rio, o boto-cor-de-rosa é predominantemente solitário. Eles também são observados em pares ou em pequenos grupos de dois a três indivíduos. Eles se alimentam de peixes de tamanho médio, 10 a 40 cm de comprimento, incluindo bagres, sardinhas e outros. O boto é capaz de navegar usando seu sonar dentro da floresta alagada, graças ao seu pescoço e corpo flexíveis. Ele é capaz de mover a cabeça para cima, para baixo e para os lados. Os botos mais velhos registrados foram uma fêmea de 21 anos e um macho de 36 anos.
No Brasil, a pesca da piracatinga (Callophysus macropterus) ou urubu d’água, tem levado a uma implacável mortandade de botos, gerando inclusive uma nova categoria profissional na cadeia produtiva da pesca no Amazonas, a do caçador de boto, que fornece a isca aos pescadores. A piracatinga não é consumida no Brasil, mas é exportada em toneladas para a Colômbia, onde é conhecida como mota, com grande aceitação no mercado local.
Além das medidas de restrição à pesca e comercialização da piracatinga, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) está estimulando a valorização do boto-cor-de-rosa vivo, criando normas para regularizar o turismo de observação do boto na Amazônia.
Outubro Rosa
O movimento começou nos Estados Unidos, onde vários Estados tinham ações isoladas referentes ao câncer de mama e mamografia no mês de outubro, posteriormente com a aprovação do Congresso Americano, o mês de Outubro se tornou o mês nacional (americano) de prevenção do câncer de mama.
A história do Outubro Rosa remonta à última década do século 20, quando o laço cor-de-rosa, foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, em 1990 e, desde então, promovida anualmente na cidade.
Em 1997, entidades das cidades de Yuba e Lodi nos Estados Unidos, começaram efetivamente a comemorar e fomentar ações voltadas à prevenção do câncer de mama, denominadas como Outubro Rosa. Todas as ações eram e são, até hoje, direcionadas à conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce. Para sensibilizar a população, inicialmente as cidades se enfeitavam com os laços rosas.
O Projeto Golfinho Rotador é executado pela ONG Centro Golfinho Rotador, tem coordenação do ICMBio e patrocínio oficial da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
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Assessoria de Comunicação do Projeto Golfinho Rotador