Oito trabalhos científicos realizados pelo Projeto Golfinho Rotador foram apresentados e duas mesas no simpósio Conservação Marinha Brasileira foram idealizadas e organizadas pelo Projeto Golfinho Rotador com a participação de projetos da Rede Biomar no 33º Congresso Brasileiro de Zoologia, realizado de 2 a 6 de março, em Águas de Lindóia (SP).
Participaram do evento o coordenador geral do projeto, Flávio Lima, a coordenadora de Educação Ambiental e Sustentabilidade, Cynthia Gerling, e a bióloga Lume Garcia, da equipe de pesquisadores.
O congresso contou com o simpósio Conservação Marinha Brasileira por Projetos de Longa Duração, idealizado e organizado pelo Projeto Golfinho Rotador, que formou 2 mesas com a mediação de Cynthia Gerling. A mesa da quarta (4) contou com a presença dos Projetos Golfinho Rotador e Coral, e a de quinta (5), com o Meros do Brasil e TAMAR. O simpósio teve como objetivo inserir a temática conservação marinha em um evento acadêmico de grande porte dando visibilidade às ações dos projetos da Rede Biomar, composta por Projetos de Longa Duração que atuam na área de pesquisa, educação ambiental, sustentabilidade, envolvimento comunitário e políticas públicas, patrocinados pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Na terça (3) houve a apresentação de três trabalhos. Um deles abordou o comportamento dos golfinhos-rotadores na Baía de Santo Antônio, região portuária de Fernando de Noronha. Outro descreveu a direção da chegada dos grupos da espécie nessa baía. E o terceiro mostrou qual a direção da chegada na Baía dos Golfinhos, outra área de descanso e reprodução dos rotadores em Noronha.
A equipe do Projeto Golfinho Rotador apresentou ainda uma experiência na área de educação ambiental, relatando atividade com coleções ósseas de cetáceos. A ação foi realizada em duas etapas, na Escola Arquipélago Fernando de Noronha, no dia 23 de agosto de 2019, data do aniversário de 29 anos do Projeto, com os alunos do Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio e Ensino de Jovens e Adultos (EJA).
“Primeiro, os alunos assistiram a uma oficina expositiva e participativa de 20 minutos sobre a evolução dos cetáceos. Posteriormente, visitaram por 30 minutos uma exposição osteológica, composta de dentes, vértebras, costelas, ossos da peitoral, crânios, barbatana de baleia e um osso fossilizado”, descreve Cynthia Gerling, coordenadora de Educação Ambiental e Sustentabilidade do Projeto Golfinho Rotador.
Os outros quatro trabalhos científicos realizados em Fernando de Noronha e apresentados no congresso foram: Primeiro registro de ocorrência de Tropidurus spp; Registro da ocorrência de baleia-piloto, Globicephala macrorhynchus (Gray, 1846), Ocorrência de baleia jubarte, Megaptera novaeangliae (Borowski, 1781); e Ocorrência de baleia-bicuda-de-curvier, Ziphius cavirostris (Cuvier, 1823).
“Dos oito trabalhos que levamos para o evento, um dos que mais chamou a atenção dos participantes foi o do novo registro do lagarto Tropidurus”, destaca Lume Garcia.
A participação em eventos científicos e também a pesquisa e monitoramento de golfinhos-rotadores, além de ações nas áreas de educação ambiental, envolvimento comunitário e sustentabilidade realizadas desde 1990 pelo Projeto Golfinho Rotador, têm patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.