No total, o Brasil registra hoje 1.173 espécies da fauna ameaçadas e outras dez que são consideradas extintas. Sendo 159 espécies de animais marinhos. Os dados estão no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, que foi lançado no mês de dezembro pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) durante a 13ª Cúpula das Nações Unidas pela Biodiversidade (COP 13), realizada em Cancún, no México.
Entre os animais marinhos ameaçados de extinção estão:
- Cachalote (Physeter macrocephalus), classificada como vulnerável;
- Baleia-franca-do-sul (Eubalaena australis),
- Baleia-sei (Balaenoptera borealis),
- Baleia-fin (Balaenoptera physalus) e
- Peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), classificados como Em Perigo.
Ainda consta na lista dos mamíferos aquáticos ameaçados de extinção:
- Boto-cinza (Sotalia guianensis), classificado como vulnerável;
- Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis), classificado como Em Perigo;
- Toninha (Pontoporia blainvillei), Criticamente em Perigo.
- A gigante dos mares, a baleia-azul (Balaenoptera musculus), está como Criticamente em Perigo.
No mês de novembro, o Projeto Golfinho Rotador fez uma matéria especial sobre a baleia-azul. Já em outubro, foi publicada uma matéria sobre o boto-cor-de-rosa.
Entre as espécies ameaçadas de extinção que ocorrem em Fernando de Noronha estão:
- Tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta),
- Tartaruga-verde (Chelonia mydas),
- Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata),
- Tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea),
- Rabo-de-palha-de-bico-vermelho (Phaethon aethereus),
- Rabo-de-junco-de-bico-laranja (Phaethon lepturus),
- Pardela-de-asa-larga (Puffinus lherminieri),
- Juruviara-de-noronha (Vireo gracilirostris),
- Sebito (Elaenia ridleyana),
- Tubarão-limão (Negaprion brevirostris),
- Caranguejo (Johngarthia lagostoma),
- Caranguejo (Percnon gibbesii),
- Estrela-do-mar (Echinaster guyanensis),
- Ouriço-satélite (Eucidaris tribuloides),
- Coral-de-fogo (Millepora alcicornis)
- Gorgônia (Phyllogorgia dilatata).
De acordo com o estudo, o principal fator de ameaça para as espécies marinhas é a pesca desordenada, seja para a espécie alvo ou capturada incidentalmente. Outros fatores que afetam as espécies são aqueles relacionados à degradação do habitat, como poluição, incluindo poluição física, química, sonora e luminosa, transporte marítimo, urbanização da região litorânea e atividades ligadas ao turismo.
O Brasil elaborou sua primeira lista de espécies ameaçadas de extinção em 1968, e depois disso, publicou quatro atualizações, sendo a mais atual em 2014. Entre 2009 e 2014, o ICMBio conduziu o processo de avaliação da fauna brasileira, utilizando o método criado pela União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), que atribui categorias de risco de extinção de acordo com critérios que consideram informações sobre distribuição geográfica, dados populacionais, características da espécie, que possam interferir em sua resposta às alterações do ambiente, ameaças que a afetam e medidas de conservação já existentes. Participaram do processo cerca de 1.270 pesquisadores de mais de 250 instituições do Brasil e do exterior, contribuindo em todas as etapas, desde a compilação e validação de informações, categorização das espécies, revisão e checagem da aplicação do método.
Foi avaliado o risco de extinção de 8.922 vertebrados e 3.332 invertebrados de 18 grupos. Mais de 72% das espécies foram categorizadas como Menos Preocupante enquanto 9,7% foram categorizadas em algum nível de risco de extinção ou extintas.
Estratégias de conservação
De acordo com o levantamento do ICMBio, compreender o estado de conservação da biodiversidade é o ponto de partida para um planejamento sistemático das medidas que devem ser tomadas para reduzir o risco de extinção das espécies, garantir sua sobrevivência e, consequentemente, manter a funcionalidade dos ecossistemas.
A avaliação do estado de conservação das espécies deve ser contínua e está prevista para ocorrer em ciclos de cinco anos. Para a conservação da biodiversidade, as unidades de conservação são os instrumentos mais utilizados. O Brasil possui hoje um total de 1.544.833 Km² de áreas protegidas, em 2.029 unidades de conservação em todo o país, 326 delas geridas pelo ICMBio. Ainda assim, pelo menos 180 espécies ameaçadas ainda não estão protegidas em nenhuma unidade de conservação e para outras 155 não há informação a respeito.
Um segundo instrumento que o ICMBio utiliza para a conservação das espécies são
os Planos de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção (PAN), elaborados e executados em conjunto com governos estaduais, municipais, universidades e sociedade civil. Atualmente, 545 espécies ameaçadas da fauna estão contempladas em pelo menos um dos mais de 40 PANs em vigor. A meta nacional é garantir que até 2020, todas as espécies ameaçadas tenham Planos de Ação elaborados e em implementação.
O Projeto Golfinho Rotador é executado pela ONG Centro Golfinho Rotador, tem coordenação do ICMBio e patrocínio oficial da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
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Assessoria de Comunicação do Projeto Golfinho Rotador